Boletos de cobrança particulares podiam ser encontrados com busca simples na web; documentos também indicam que, mesmo após bloqueio, cobrança por adesões continua
Boleto da Telexfree com cobrança de R$ 3.052,50 por 'assinatura de adesão' e 'kit central de anunciante'
A Telexfree
expôs dados de seus divulgadores na internet. Boletos de pagamento com
nome, endereço, valor pago e serviços adquiridos da empresa ficaram
disponíveis em mecanismos de buscas na internet.
O vazamento também sugere que a empresa, que está impedida de cadastrar novos divulgadores desde junho
, continuou a cobrar por adesões.
Procurada na noite desta terça-feira (30), a empresa não
comentou a informação. Logo em seguida ao contato da reportagem,
entretanto, as consultas já não estavam mais disponíveis.
A consulta dos boletos era possível por meio do endereço
"www.telexfree.com/plugins/boleto/boleto_bb.php?codigo=", ao que era
possível chegar por meio de uma busca pelas palavras "boleto cobrança e
ympactus" . Ao digitar o endereço, em conjunto com códigos de seis
números aleatoriamente escolhidos, o iG
teve acesso a dez boletos de cobrança.
Por meio do serviço de internet banking de uma
instituição financeira, a reportagem conseguiu checar que os boletos
efetivamente poderiam ser pagos.
A falha foi identificada por Manoel Netto, do blog
Tecnomundo. Segundo ele, o sistema permitia que qualquer interessado
facilmente capturasse dados dos divulgadores da empresa.
A Telexfree informa comercializar pacotes de telefonia
via internet (VoIP, na sigla em inglês) por meio de uma rede de
revendedores autônomos, chamados de divulgadores. No Brasil, eles são 1 milhão
.
Para o Ministério Público do Acre (MP-AC), porém, o
negócio é, possivelmente, a maior pirâmide financeira da História do
País, pois dependeria das taxas de adesão pagas por esses divulgadores.
Cobrança de adesão
Em cinco dos dez boletos consultados, há a informação
expressa de que os pagamentos se referem a "assinatura de adesão" e a
compra de "kit central de anunciante". Os valores cobrados nesses
documentos são muito próximos aos dos kits Ad Central Family e Ad Central
. Era por meio da aquisição deles que os divulgadores entravam na rede da Telexfree.
Todos os documentos – inclusive esses cinco – têm como
data de vencimento o dia 30 de julho de 2013. Desde 18 de junho, a
Telexfree está proibida pela Justiça de cadastrar novos divulgadores e
de fazer pagamentos.
Os boletos não permitem saber, entretanto, se esses divulgadores entraram para a empresa antes ou depois de18 de junho.
O Ministério Público do Acre não comentou a informação na noite desta terça-feira (30).
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